Café, tomate, alface: Veja ranking com os alimentos que mais encareceram no Vale do Paraíba em 2025
Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté (Nupes) divulgou um ranking de preços do primeiro semestre do ano, mostrando os dez aliment...

Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté (Nupes) divulgou um ranking de preços do primeiro semestre do ano, mostrando os dez alimentos que tiveram os maiores aumentos e quedas no preço. Confira. Imagem de arquivo - Mercado. Jornal Nacional/ Reprodução O Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais da Universidade de Taubaté (Nupes) divulgou, nesta quarta-feira (2), um estudo que mostra os dez alimentos que tiveram os maiores aumentos e quedas de preço no primeiro semestre de 2025 no Vale do Paraíba. Entre os maiores aumentos, se destaca o café de 500 gramas, que registrou uma alta de 42,67% no preço no semestre, seguido pelo tomate para salada, que teve um aumento de 31,08% nos primeiros seis meses do ano. Já entre as reduções, o Nupes identificou que as maiores quedas de preço foram no quilo do arroz, da banana-nanica e da farinha de trigo. Confira os rankings: 10 alimentos que mais encareceram na região no 1º semestre de 2025 10 alimentos que mais tiveram queda de preço no 1º semestre de 2025 Sobre o café, o Nupes explicou que o aumento está associado à redução da oferta global de produção, provocada por problemas climáticos que afetaram as principais regiões produtoras. Já sobre o arroz, alimento que teve a maior redução de preço no semestre, os pesquisadores argumentam que a queda no preço é reflexo do aumento de 14% na produção em 2025, segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento. Ainda de acordo com o levantamento divulgado, o cenário é de leve queda de preço dos alimentos da região. Isso porque os últimos três meses registraram redução nos valores médios da cesta no Vale do Paraíba. No entanto, os pesquisadores destacam que, apesar desse movimento de redução recente, o patamar de preços permanece elevado em termos históricos, o que contribui para a percepção, por parte dos consumidores, de que os produtos seguem com custo elevado. Com queda no preço de alimentos, prévia da inflação fica em 0,26% Balanço de junho Segundo o Nupes, em junho o preço da cesta básica teve uma redução de 1,1% em no Vale do Paraíba. O valor passou de R$ 2.913,89 em maio para R$ 2.881,80 em junho - redução de R$ 32,09. Apesar disso, o balanço dos últimos 12 meses ainda apresenta uma alta de 3,70% nos itens - aumento de R$ 102,79 (R$ 2.779,01 em junho de 2024 e R$ 2.881,80 em junho de 2025). Veja abaixo a variação a cada mês: junho/2024: -0,57 julho/2024: -1,68 agosto/2024: -0,97 setembro/2024: + 0,26 outubro/2024: +0,91 novembro/2024: +1,55 dezembro/2024: + 1,61 janeiro/2025: +0,59 fevereiro/2025: +1,90 março/2025: +1,77 abril/2025: -0,53 maio/2025: -0,59 junho/2025: -1,1% A cesta básica avaliada pelo núcleo contempla produtos de higiene pessoal, limpeza e alimentação. As coletas são feitas em São José dos Campos, Taubaté, Caçapava e Campos do Jordão. O parâmetro usado pela pesquisa é o de uma família com poder de compra de cinco salários-mínimos, que hoje representa um valor total de R$ 7.590,00 (um salário-mínimo é R$ 1.518). Entre as cidades pesquisadas pelo Nupes na região, o maior preço médio da cesta em junho foi registrado em Campos do Jordão e o menor em Taubaté. Veja o valor nas quatro cidades onde a pesquisa foi realizada: São José dos Campos: R$ 2.855,27 Taubaté: R$ 2.854,57 Campos do Jordão: R$ 2.961,38 Caçapava: R$ 2.855,99 Entre os itens que compõe a cesta básica, os que tiveram maior aumento no preço em junho foram: Abobrinha +7,25% Tomate +4,77% Alface +4,27% "As altas de preços foram motivadas pelas condições climáticas desfavoráveis às culturas, transição entre safras que reduziram a oferta, passando por demanda comercial firme para reposição de estoques e até aumento das exportações que reduziram a disponibilidade no mercado interno", segundo o Nupes. Já os que tiveram maior redução no preço em junho foram: Cebola - 14,54% Cenoura - 7,50% Batata inglesa - 5,81% "As quedas nos preços refletiram as boas safras com alta produtividade e boa colheita, particularmente, devido às condições climáticas favoráveis", afirmaram os pesquisadores da Unitau. Por fim, os pesquisadores alegam que a tendência para os preços em julho deve ser de queda ou estabilidade nos preços agrícolas, devido ao aumento da oferta pela safra de inverno, à redução dos custos com combustível (queda dos preços do diesel e gasolina) e à menor demanda causada pelas temperaturas mais baixas. Cesta básica. Divulgação Corredor de supermercado. Reprodução/RBS TV Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina